Registro de artefatos líticos em Fuerte Independencia, Tandil (Província de Buenos Aires)

Resumo

Apresentam-se as primeiras análises dos conjuntos rupestres recuperados na cidade de Tandil, centro da cordilheira do sistema Tandilia, província de Buenos Aires: a Casa 14 de Julio 241, área onde funcionou o Forte Independência (1823), e a achados recuperados no sopé do Parque de la Independencia. A investigação arqueológica realizada centrou-se no estudo das ocupações da zona no século XIX e na recuperação de vestígios materiais em diferentes pátios de casas. Foram registradas evidências da cultura material das populações nativas e eurocriolas que habitavam o forte e seus arredores. Simultaneamente, estão sendo realizadas análises de fontes documentais, que verificam momentos de convivência e reciprocidade entre as duas sociedades. O material corresponde ao setor posterior sul do Forte Independencia e em La Plaza de Las Banderas, Parque de La Independencia, onde diversos materiais podem ser vistos na superfície. Como resultado disso, uma coleta sistemática de superfície foi realizada através do rastreamento de transectos. Uma das variáveis ​​contempladas foi a perturbação gerada pela passagem de transeuntes e pelo uso diário do local de recreação. Posteriormente, para controlo da estratigrafia, foram efectuados vários levantamentos e uma escavação no sector considerado cemitério do forte, onde foram detectados restos humanos. No caso da casa, os artefatos foram recuperados por meio de ações de resgate diante das obras realizadas no local e posteriormente foram realizadas escavações sistemáticas, levantando um piso de laje colocado no início do século XX. O relato de artefatos líticos é uma abordagem tecnotipológica (Aschero, 1983) que leva em consideração a origem dos achados, os tipos de rochas utilizadas para a confecção dos instrumentos, bem como a correspondência com os diferentes estágios de tamanho. Elementos associados de origem europeia, como restos de faiança, vidro, metal e ossos, também são mencionados.