Determinação geográfica dos sítios de interesse histórico e arqueológico através da utilização de técnicas de cartografia
DOI:
https://doi.org/10.35305/tpahl.v3i1.155Palavras-chave:
Cartografia antiga, Nome, RanquelResumo
A antiga cartografia da região dos Pampas, constituída basicamente por mapas geográficos de cunho militar do século XIX e pelos planos de levantamento elaborados pelos primeiros agrimensores, constitui uma fonte profusa de dados sobre a localização de topônimos de origem indígena. Por outro lado, uma leitura atenta dos diários das expedições militares realizadas em 1879 revela a presença de numerosos topônimos de rankülche não registrados nas primeiras medições. Revela também a existência de erros históricos na localização de determinados lugares, que se mantêm até hoje, como é o caso de Poitahué. Trabalhos simultâneos com mapas antigos, cartas de levantamento, cartografia do IGN (Instituto Geográfico Nacional), imagens de satélite e diários de viagem dos militares que compunham a coluna expedicionária comandada pelo Coronel Eduardo Racedo, permitem uma boa aproximação para elucidar a localização de diversos lugares de interesse histórico e arqueológico. Alguns desses lugares foram mapeados erroneamente e outros não estavam em nenhum mapa. É realizada uma exaustiva análise etimológica para cada topónimo, tendo em conta a existência da raiz, a sua idoneidade semântica, compatibilidade documental, viabilidade linguística e também uma observação do lugar para determinar se a raiz ou etim responde a qualquer actual ou passado característica. . O resgate desse corpus toponímico rankülche e sua localização podem ser importantes para esclarecer aspectos históricos e geográficos dessa etnia, que podem contribuir para ampliar seus conhecimentos ancestrais e promover o fortalecimento de sua identidade.